sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Guia Visual Irlanda

Comprei um guia de viagem sobre a Irlanda. Não é só sobre Dublin, mas quem disse que vou passear só por Dublin? O guia custou R$83,00 e é o preço padrão de todos os Guias Visuais da Folha de São Paulo. To sentindo que vou dar um pause em O Discurso do Rei pra poder ler o guia inteiro. Depois faço um post falando sobre o que eu achei. Cheers!

14e8777032f611e1abb01231381b65e3_7

O peso que a gente leva

Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado? As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?

Desafio Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada. É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.

E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro. Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos... Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.

Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.

Padre Fábio de Melo
_____________________________________________________________

Acho que esse texto diz tudo. Foi minha irmã quem mandou pra mim e confesso que fiquei emocionado quando li. Emocionado mesmo já pensando em todas as despedidas. Fico triste por deixar muita coisa pra trás, mas fico feliz por estar lutando pelo meu sonho.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Passagens

Já tem quase um mês que comprei minha passagem e resolvi escrever sobre elas após ir em algumas lojas da cidade olhar as malas de viagem. Quando solicitei a CI que fizesse uma reserva de passagem não escolhi companhia áerea, dexei por conta deles. Não existe um voo direto de Belo Horizonte pra Dublin. As companhias internacionais tem parceria com as nacionais afim de cobrir o trecho brasileiro. Entre uma companhia e outra a única diferença significante seria o preço. No mais, só o país de escala. Air France, KLM, Ibéria fazem conexão em Paris, Berlim e Madri, respectivamente. Acabei escolhendo a Ibéria que na verdade foi a única empresa que a agência me mandou orçamento. Fiz algumas pesquisas e as opiniões sobre a Ibéria se dividem muito.

21

Meu voo ficou assim: Sai de Confins (BH) às 13:37 e chega no Galeão (RJ) às 14:36. Vou ficar esperando lá um bom tempo, pois meu próximo voo só saí às 21h com destino ao aeroporto Bajaras, em Madri. O voo tem duração de, em média, 12h e 50 minutos; ou seja, chegando em Madri por volta de 09:50 do outro dia. Depois vou esperar mais um pouco, pois o voo para Dublin parte às 12:25 e chega por volta de 13:50 onde minha “família” vai estar me esperando (assim eu espero). Estou ancioso é pouco para se dizer. A verdade é que estou nervoso e com um pouco de medo. Serão 3 voos em 2 dias pra alguém que mal entrou em um ou dois aeroportos.

Lembre-se que é sempre importante verificar junto à agência que lhe vendeu a passagem e junto à companhia aérea as informações sobre bagagem: peso, tamanho, o que pode ou não ser levado com você, o que deve ser despachado e como deve ser feito. Não fique na dúvida, pois ela pode acabar gerando despesas caras e desnecessárias no momento do check-in.

Espero poder voltar em breve para contar como foi o voo. Abraços.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Visa Travel Money - VTM

Nenhum intercambista vive só de sonhos, precisamos de dinheiro também. Um dos requisitos para conseguir o visto da Irlanda, é comprovar que se tem €3.000. O método mais fácil e seguro é ter esse dinheiro no VTM. O Vista Travel Money é um cartão recarregável e a maioria das agências de intercâmbio tem parceria com uma empresa cambial para fornecer ao viajante um cartão. Fiz o meu na CI e não paguei nada. Sempre que quero fazer uma recarga, ligo para a agência e a funcionária responsável pelas recargas do cartão vai me dizer o valor do euro naquele momento e me falar o valor do DOC a ser feito na conta da emissora do cartão, nesse caso o Banco Rendimento, e após as 18h do próximo dia útil seguinte ao da recarga, o valor comprado já estará disponível para saque.

Cartão

A principal vantagem de usar um cartão desse tipo é que quando é feita uma recarga, o viajante tem aquele valor independente da variação cambial o que é diferente das compras nos cartões de créditos, pois nesse último, os valores cobrados estão ligados ao câmbio no momento da compra, o que pode não ser muito bom em épocas de crise, pois as moedas costumam variar bastante de preço. Além disso, o VTM possui uma taxa de IOF de apenas 0,38% sobre o valor pago, taxa também diferente do cartão de crédito, onde é cobrado aproximadamente 6% sobre o valor gasto. A única taxa cobrada pelo cartão são 2,50 por saque, no valor da moeda recarregada. Se você voltar pro país, poderá vender os valores remanescentes para sua casa de câmbio ou tentar vender pra outra pessoa. Quem estiver com o cartão pode fazer saques nos caixas automáticos (ATM) com a bandeira Visa Plus, além de poder usar o débito em qualquer estabelecimento que aceite Visa, ou seja, milhares deles espalhados por aí.

Página para acompanhar Extrato e fazer bloquio do cartão no caso de perda/roubo

Portanto, a melhor e mais segura alternativa para se levar dinheiro para o exterior é: VTM + Papel Moeda, para cobrir as despesas iniciais, + Cartão de Débito/Crédito Internacional.

Fontes: http://www.viajenaviagem.com/2009/05/pros-x-contras-dolar-euro-peso-real-travelers-cartao-de-credito-saque-internacional-ou-visa-travel-money/, http://www.cotacao.com.br/?c=1377, e outros sites sobre intercâmbio.